sábado, 1 de setembro de 2012

Micro- Aula: Fazendo uma boa crônica

Como é um assunto que está em alta na matéria de português, achei importante expor umas dicas para fazê-la o melhor possível. Aqui vão os 3 tópicos necessários, leia e desenvolva da melhor maneira possível, o importante é ter prazer no que estiver fazendo.
                        
1º Passo: Escolha um bom assunto, algum que esteja em evidência, polêmico ou que chame a sua atenção.

2º Passo: Você precisa ler sobre o assunto, criar sua opinião, ter bastante conteúdo, isso é essencial para a crônica.

3º Passo: Escreva deixando sua opinião bem clara, demarque sua relação com o assunto, opinião de outras pessoas relacionadas a isso, pessoas próximas a você, casos possíveis e até uma solução caso haja e consiga pensar.

Willian

Até uma futura postagem \ o /
Enem
Última postagem sobre o Enem, então gostaria de ressaltar o nível “entelequituau” de alguns candidatos. O triste é pensar como um “sero mano” pode fazer algo assim. Um “mixtu” de pérolas do Enem 2009 e do 2010.
“O sero mano tem uma missão...”

“O Euninho já provocou secas e enchentes calamitosas...”

“O problema ainda é maior se tratando da camada Diozanio !”

“Enquanto isso os Zoutros ... tudo baixo nive ...”

“A situação tende a piorar: os madeireiros da Amazônia destroem a Mata Atlântica da região.”

“O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente.”

“ A AIDS é transmitida pelo mosquito AIDES EGIPSIO .”

“ O grande problema do Rio Amazonas é a pesca dos peixes.
“O Brasil não teve mulheres presidentes mas várias primeiras-damas foram do sexo feminino”

“ O Convento da Penha foi construído no céculo 16 mas só no céculo 17 foi levado definitivamente para o alto do morro.”

“ A História se divide em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada hoje.”

“ Os índios sacrificavam os filhos que nasciam mortos matando todos assim que nasciam.”

“ Bigamia era uma espécie de carroça dos gladiadores, puchada por dois cavalos.”

“ No começo Vila Velha era muito atrazada mas com o tempo foi se sifilizando.”

“ A capital da Argentina é Buenos Dias.”

“ A prinssipal função da raiz é se enterrar no chão.”

“ As aves tem na boca um dente chamado bico.”

“ A Previdência Social assegura o direito a enfermidade coletiva.”

“ Respiração anaeróbica é a respiração sem ar, que não deve passar de 3 minutos.”

“ Os egipícios dezenvolveram a arte das múmias para os mortos poderem viver mais.”

“ A Geografia Humana estuda o homem em que vivemos.”

“ Os Estados Unidos tem mais de 100.000 Km de estradas de ferro asfaltadas.”

“ As estrelas servem para esclarecer a noite e não existem estrelas de dia porque o calor do sol queimaria elas.”

“ Republica do Minicana e Aiti são países da ilha América Central.”

“ As autoridades estão preocupadas com a ploleferação da pornofonografia na Internet.”

“ A ciência progrediu tanto que inventou ciclones como a ovelha Dolly.”

“ Hormônios são células sexuais dos homens masculinos.”

“ Onde nasce o sol é o nacente, onde desce é o decente.”

“ A terra é um dos planetas mais conhecidos e habitados no mundo. Os outros planetas menos demográficos são: Mercurio, Venus, Marte, Lua e outros 4que eu sabia mas como esqueci agora e está na hora de entregar a prova, a senhora não vai esperar eu lembrar, vai ? Mas tomara que não baixe minha nota por causa disso porque esquecer a memória em casa todo mundo esquece um dia, não esquece ?”

“ O principal matrimônio de um país é a educassão.”

Willian
Aeroporto de São Luís
Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado

Em 1942, São Luís só possuía uma pista que atendia ao Exército Brasileiro.
Em 1974 o Ministério da Aeronáutica passou à Infraero a jurisdição técnica, administrativa e operacional do aeroporto.
O aeroporto que hoje conhecemos foi uma obra inaugurada em 1998.
Ano passado ele entrou em uma reforma que custaria originalmente 10,7 milhões de reais, mas o preço foi subindo aos poucos e hoje chegou a 13,1 milhões. Entregue na segunda feira (27), operários ainda se encontram trabalhando.
Nosso grande aeroporto, internacional, diga-se de passagem, operava até semana passada em uma tenda climatizada mínima. A porta de entrada e saída do Maranhão trazia desconforto, e dava uma péssima impressão.
Lembramos também que o Maranhão é um dos mais pobres estados brasileiros. Sendo assim um dos meios que faz a economia girar, que é o turismo, estava debilitado pela lerdeza das obras do aeroporto.

Willian

Literatura Brasileira: Cecília Meirelles

Cecília Meirelles é uma das maiores escritoras da literatura brasileira. Se estivesse viva completaria 111 anos nesse 7 de Setembro.
Seu pai morreu antes de seu nascimento e sua mãe morreu quando ela tinha três anos. Sua avó, Dona Jacinta, cuidou dela.
Começou a escrever com 9 anos de idade, aos 18, já tinha completado sua primeira obra, “Espectro”.
Em 1922 se casou com o pintor Fernando Correia Dias e teve três filhas.
Formou-se como professora e tinha bastante interesse pela educação, então criou a primeira biblioteca do Rio de Janeiro em 1934. Escreveu obras de literatura infantil como: “O cavalinho branco”, “Colar de Carolina”, “Sonhos de menina”, “O menino azul”, e outros.
Seu marido se suicidou em 1936, depois de vários anos com depressão. Casou-se apenas em 1940 com Heitor Vinícius da Silveira.
Sua fama veio pela sua publicação de 1939 o livro “Viagem”, com o qual ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras.
Ela morreu em 9 de novembro de 1964 deixando as seguintes obras ao mundo:
·        Espectro - 1919
·        Criança, meu amor - 1923
·        Nunca mais... - 1923
·        Poema dos Poemas -1923
·        Baladas para El-Rei - 1925
·        O Espírito Vitorioso - 1935
·        Viagem - 1939
·        Vaga Música - 1942
·        Poetas Novos de Portugal - 1944
·        Mar Absoluto - 1945
·        Rute e Alberto - 1945
·        Rui — Pequena História de uma Grande Vida - 1948
·        Retrato Natural - 1949
·        Amor em Leonoreta - 1952
·        12 Noturnos de Holanda e o Aeronauta - 1952
·        Romanceiro da Inconfidência -1953
·        Poemas Escritos na Índia - 1953
·        Batuque - 1953
·        Pequeno Oratório de Santa Clara - 1955
·        Pistóia, Cemitério Militar Brasileiro - 1955
·        Panorama Folclórico de Açores -1955
·        Canções - 1956
·        Giroflê, Giroflá - 1956
·        Romance de Santa Cecília - 1957
·        A Rosa - 1957
·        Obra Poética -1958
·        Metal Rosicler -1960
·        Solombra -1963
·        Ou Isto ou Aquilo -1964
·        Escolha o Seu Sonho - 1964  

Willian


Poesia

“Mas eu enfrentarei o Sol divino,
o Olhar sagrado em que a Pantera arde. 
Saberei porque a teia do Destino 
não houve quem cortasse ou desatasse.”

Trecho de “A Morte - O sol do terrível” de Ariano Suassuna.

Willian

Micro-Aula: Como fazer uma poesia

1º Passo:  Escolha o tema, pode ser amizade, humor, amor, qualquer coisa que mexa com você ou seu público.

2º Passo:  Escolha as palavras, tem que ter algo a ver com o seu tema, junte várias e crie rimas que tenham também a ver com o assunto.

3º Passo:  Comece a escrever, perder o medo de errar é importantíssimo.

4º Passo:  A estrutura normalmente é feita de estrofes com 4 versos. Rimar é muito importante, a rima pode ser feita na disposição de linha A com C e B com D, assim como o exemplo abaixo:( Considere apenas a palavra final)
A.jshdjshjhasjdhasjjh   sim
B.sdjhsjhfsfhjdshfjdhj   não
C.jsajdahsasjhdjsahd    fim
D.jsjahdjhasdahjdjsa    cão.

Pode também ser feita na disposição de linha A com B, e C com D. Como no exemplo abaixo:( Considere apenas a palavra final)
A. sjdsjhsjahajhsajhaja  sim
B. asjshjhjdhajshajdhaj  fim
    C. skajdjahshdjdajsdjsk  não
    D. ahdsjahdjahjdfjhbdsf  cão

Ou o tipo que você escolher, solte a imaginação!

5º Passo:  Deixar a poesia no ritmo, cada verso deve ter o mesmo número de sons, e assim eles se encaixam.

6º Passo:  Pode-se fazer rimas com palavras de gêneros gramaticais diferentes, ficam muito boas, melhores que com gêneros iguais.

7º Passo:  Crie desenhos com as palavras, fica mais divertidos assim, e continua sendo poesia.

Willian

Poesia


“Aqui morava um rei quando eu menino
Vestia ouro e castanho no gibão, 
Pedra da Sorte sobre meu Destino, 
Pulsava junto ao meu, seu coração.


Trecho de “Aqui morava um Rei” de Ariano Suassuna.

Willian

Terminais de integração de São Luís

A classe trabalhadora que não tem como custear uma moto ou um carro e não pega carona com ninguém para o seu trabalho, normalmente depende do transporte público, ou seja, sofre.
Hoje na nossa cidade não existe metrô, sendo assim, dependemos completamente dos ônibus. Os superlotados, sujos, desconfortáveis e velhos ônibus.
            Das 6 às 8 da manhã e das 05h30min às 07h30min da noite o sufoco é geral. Como a maioria pega 2 ônibus para ir ao trabalho, os terminais de integração são úteis para não precisar pagar 2 passagens. Mas isso não diminui o problema, pois assim, toda vez que o ônibus chega no terminal, ele lota – sou usuário, então conheço bem o drama-, e fica ainda pior.
            O pior são os engarrafamentos, pois se você já ficou preso entre meia dúzia de pessoas estranhas durante 40 minutos no ônibus enquanto o trânsito está parado, você sabe o que é revolta.
O mais incrível é ver as pessoas reclamando que está ruim, que está lotado, isso e aquilo outro, sendo que de 4 em 4 anos elas escolhem sem governante, ou seja, elas mesmas reclamam da sua escolha.
Tomemos como comparação esse caso:
Você vai comer com suas crianças, existem 2 restaurantes, um é incrivelmente limpo, ótima avaliação da crítica e existem várias pessoas lá dentro comendo com uma expressão de prazer. O outro é sujo, feio,  está vazio, e tem um cardápio com pouquíssimas opções. Você entraria em qual se nos 2 a comida fosse de graça?
É mais ou menos assim, o povo escolhe sempre a pior opção para poder se queixar. E com isso se coloca as crianças nesse meio.
Sendo assim, aquele ônibus sujo, quebrado, e superlotado em que você anda, é culpa daqueles que votam na própria desgraça.
Pense bem antes de votar, pois é isso que vai decidir o seu futuro e o de toda a população de sua cidade.

Willian

Literatura: Ariano Suassuna

Se você costuma, ou costumava assistir aos programas da Rede Globo: "Sessão da tarde" ou "Temperatura Máxima", você certamente já assistiu o filme "O Auto da Compadecida".
O sofrimento de João Grilo e Chicó já chegou a inúmeras famílias por toda a América do Sul e até nos EUA. O drama desses melhores amigos que sempre tentam se dar bem  e passam por altas confusões até depois da própria morte. Eles vivem de pequenos trabalhos e alguns golpes, e assim acabam se envolvendo com um sanguinário cangaceiro.
O filme é uma adaptação para o cinema do auto escrito por Ariano Suassuna. O autor é um grande nome da literatura brasileira atual. Já publicou autos, peças e poesias.
Hoje com 85 anos, já tem as seguintes obras publicadas:

Como peças:
§                    Uma mulher vestida de Sol, (1947);
§                    Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa, (1948);
§                    Os homens de barro, (1949);
§                    Auto de João da Cruz, (1950);
§                    Torturas de um coração, (1951);
§                    O arco desolado, (1952);
§                    O castigo da soberba, (1953);
§                    O Rico Avarento, (1954);
§                    Auto da Compadecida, (1955);
§                    O casamento suspeitoso, (1957);
§                    O santo e a porca, (1957);
§                    O homem da vaca e o poder da fortuna, (1958);
§                    A pena e a lei, (1959);
§                    Farsa da boa preguiça, (1960);
§                    A Caseira e a Catarina, (1962);
§                    As conchambranças de Quaderna, (1987);
§                    Fernando e Isaura, (1956)"inédito até 1994".

Como romances:
§                    A História de amor de Fernando e Isaura, (1956);
§                    O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, (1971);
§                    História d'O Rei Degolado nas caatingas do sertão /Ao sol da Onça Caetana, (1976)
Como poesias:
§                    O pasto incendiado, (1945-1970);
§                    Ode, (1955);
§                    Sonetos com mote alheio, (1980);
§                    Sonetos de Albano Cervonegro, (1985);
§                    Poemas (antologia), (1999).

Willian

Enem: Biologia



No Enem, uma das 4 áreas é " Ciência Naturais e suas tecnologias", 1/4 da prova em que Biologia, Química e Física se desdobram, dizimando uma população inteira de alunos preguiçosos que fazem a prova por que o responsável mandou.
A Biologia normalmente é introduzida na vida estudantil no ensino fundamental, mas ainda como "Ciências". Acontece que "Ciências" é um condensado de química, física e biologia. Quando se chega ao ensino médio, você se encontra de frente a 3 muros: 1-Química, 2- Física e 3- Biologia.
Daí até o 3º ano, são três matéria inteiras, cada uma com suas especificações.
A Biologia muitas vezes é encarada como algo que poderia ser simplesmente descartada. Nesse momento, se esquecem que no Enem, ela despenca!
De acordo com o site Brasil Escola, esses são assuntos de biologia muito frequentes no Enem:

- Estrutura e fisiologia celular: membrana, citoplasma e núcleo.
- Divisão celular (mitose e meiose).
- Aspectos bioquímicos das estruturas celulares. Aspectos gerais do metabolismo celular.
- Metabolismo energético: fotossíntese e respiração.
- Codificação da informação genética.
- Síntese proteica.
- Diferenciação celular.
- Principais tecidos animais e vegetais.
- Origem e evolução das células.
- Noções sobre células-tronco, clonagem e tecnologia do DNA recombinante.
- Aplicações de biotecnologia na produção de alimentos, fármacos e componentes biológicos.
- Aplicações de tecnologias relacionadas ao DNA a investigações científicas, determinação da paternidade, investigação criminal e identificação de indivíduos.
- Aspectos éticos relacionados ao desenvolvimento biotecnológico. Biotecnologia e sustentabilidade


Willian

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cidadão Ludovicense há 90 anos...

Machado de Assis perguntava, numa reminiscência assim: - Mudaria o Natal, ou mudei eu? Do mesmo modo poderei constatar que mudamos ambos: eu e a cidade. Admira-me os que afirmam: - Não mudo: sempre fui assim e assim continuarei. Lembra-me o poeta quando diz que o tal cidadão só passou pela vida, não viveu. Se o mundo muda, a vida muda, tudo se modifica ao meu redor, como posso fossivilizar-me? Assim procurarei, conforme permitir-me engenho e arte, traduzir as mudanças havidas na cidade e em mim próprio que, como costumo dizer, sou nascido, crescido e envelhecido nesta linda cidade que tanto amo e respeito.
att00020_3072x1921São Luís, fundada pelos franceses de Daniel de La Touche, em 8 de setembro de 1612, é a capital do Estado do Maranhão. E, como dizia Simão Estácio da Silveira, Presidente da primeira Câmara Estadual, “o Maranhão é o Brasil melhor”.
Às vésperas de completar seu quarto centenário São Luís sofreu, como era de esperar, muitas transformações. Algumas para melhor; outras nem tanto.
Da cidade que conheci menino, pouco resta de sua primitiva inocente natureza. Reminiscências de uma Ilha aprazível, de clima tropical, porém ameno, longe do calor escaldante que hoje nos consome, fruto do desmatamento desenfreado e da irracional ocupação imobiliária, que destrói manguezais e babaçuais e transforma em asfalto tudo aquilo que um dia foi natureza exuberante. Diz a sabedoria popular que para tudo na vida há um preço e em nossa cidade temos sido cobrados diariamente a pagar o preço do chamado “progresso”. Uma pergunta, porém, não quer calar? Progresso para quem? E para quê? Temos, de fato, evoluído em nossa cidade? Ou, em alguns aspectos, o que se sobrepõe é a perda de valores tão fundamentais à vida e à saúde de todos nós habitantes? Não recebam, por favor, estas reflexões como saudosismo de um velho citadino. Não! Reconheço que em muitos aspectos evoluímos. Mas não me fujo a registrar a preocupação com a perda de qualidade de vida, o que, aliás, é, no meu conceito, fator de grande relevância. Mas, entre perdas e ganhos vamos seguindo as mudanças, pois, afinal, tudo que pára se atrofia, estiola e morre.
att00034_3072x1798Para mim uma das mais graves mudanças efetuou-se na educação. (Falo de educação, não de instrução, cousas perfeitamente distintas). Educação fazia-se em casa, onde se ensinava o respeito aos pais, aos mais velhos e aos professores. Tomava-se-lhes a bênção, beijava-se a mão e recebia-se invariavelmente a promessa e o desejo: Deus te abençõe! Os métodos educacionais eram severos, os castigos corporais excessivos? Eram. Assim, porém, justificava-os minha avó: - Menino não apanha em casa, vai apanhar rua. Essa prática ensinava-nos a respeitar os direitos do outro e imprimia em nós valores fundamentais, base de uma convivência saudável. A família era a mestra e o exemplo. Reconheçamos que os tempos mudaram e hoje só com muito esforço e muito amor é possível manter íntegros os laços familiares. Mas há regras que se impõem para uma convivência, senão amorosa, pelo menos respeitosa. As crianças, depois que deixaram de ser “animais domésticos” como nos tempos da colônia, passaram a ser discriminadas como projetos de gente. Minha avó, à mesa, se algum de nós ousava falar, atalhava ríspida: - Cale-se! Você não é pássaro que vôe em bando! Apesar disso, ou por isso mesmo, mantinha-se o respeito. É incrível o comportamento de certos meninos diante dos próprios pais! Vejo guris “nos cueiros”, como se dizia, a desafiar pais e mães impotentes para tolher-lhes a malcriadez e o desrespeito. De outro lado, assisto com satisfação o resgate da infância como direito e a crescente busca de proteção àqueles que são a base de tudo, o futuro de qualquer nação.
att00018_3072x2116Agora, a Instrução. Fizemos questão de bem distinguir Educação de Instrução, porque são duas cousas absolutamente distintas. Há muita gente altamente instruída e pessimamente educada. Quantos doutores de privilegiada instrução sem o mínimo de educação! A família (por várias circunstâncias, inclusive a exigência da cooperação da mãe na economia doméstica) abriu mão de seu papel educacional em favor da escola e esta não soube, ou não pôde exercer sozinha essa função de “educar” no sentido mais amplo da palavra. Limita-se, e mal, a instruir. Sei que os tempos mudaram, os costumes são outros, ditados (infelizmente) pelos meios de comunicação que, de modo geral, de-se-du-cam.

Com respeito à Instrução fizemos progressos, não há dúvida, mas nos que parecer que, se por um lado “especializamos” demais, por outro é excessiva a exigência que fazemos aos alunos. Que currículos! Um excesso de conteúdos nas costas de quem começa a aprender. De um modo geral é muito conteúdo para todos, mesmo para os mais velhos. A questão não é de quantidade, mas de qualidade dos ensinamentos a meter nas cabecinhas ainda em formação.
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Muitos que me ouvem vão descrer do que lhes direi. Antigamente, no tempo do calor, dormia-se com a parte de cima das janelas...aberta! E dando para a rua! A família que tinha muitos rapazes notívagos deixava a porta-da-rua apenas encostada para que o último a chegar, fechasse. Perguntem aos mais velhos se alguém, àquela época, ao menos se lembrava de por uma arma no cós da calça, para ir divertir-se nos bailes de Carnaval, por exemplo. Havia brigas e desentendimentos? Havia. Eram, porém, cousas passageiras, decorrente de excessos, logo resolvidas amigavelmente, os brigões, ao fim, confraternizados na mesma mesa de bar. As maiores divergências eram as políticas que chegavam a inimizar as famílias por longos anos, os novos assumindo os rancores dos antigos.
Outras indiossincrasias perturbavam o ambiente. Os negros sofriam indignas discriminações, mas longe iam os tempos em que até a religião estipulava os limites: brancos, na Sé; pardos, na Conceição; pretos na Igreja do Rosário. A procissão de São Benedito atraia multidão e creio mesmo que, exemplo único no mundo, meu pai, protestante, comparecia...para acompanhar minha mãe.
Agora... falemos do sexo. Havia dois modos diversos de encarar o problema: o considerado normal merecia um respeito hipócrita, tinha um tratamento discreto, circunscrito quase ao espaço íntimo entre quatro paredes. Era tabu falar nele? Era. Digo porém que, com a reviravolta que sofreu o mundo, continua tabu: só que, hoje, com o sinal trocado: agora é tabu não se falar nele. E mais, não se praticá-lo às escâncaras, quando, segundo o primitivo entendimento, só deveria interessar a dois. Os homossexuais eram impiedosamente discriminados, muitos execrados e perseguidos em praça pública, sujeito a vaiadas e pedradas. Hoje se respeitam as opções de cada um. Ótimo! Quando eu e minha mulher, cúmplices e solidários que fomos de tantos amigos, e de seu sofrimento frente ao preconceito de uma sociedade hipócrita, imaginaríamos assistir à primeira parada do orgulho gay?!
Os deficientes eram considerados “pobres coitados” passíveis de muita pena. Com que satisfação vejo hoje a superação de tantos limites, condenados de ontem, vitoriosos de hoje, que muitas vezes superam os chamados “são”. Os mirantes de nossos famosos sobradões, além de outras utilidades, serviam como esconderijo de doentes mentais, tuberculosos, hansenianos, etc. que “envergonhavam” as famílias. E muitas donzelas que deram “um passo em falso” foram condenadas a essa prisão quase perpétua.
foto25A pobreza, infelizmente, sempre existiu. Apesar disso, o nível de exclusão era infinitamente menor e menos severo. Os mais humildes ocupavam os baixos-de-sobrado e as casas pobres da periferia que, apesar das limitações óbvias, mantinham um certo padrão de higiene. Durante muito tempo não houve palafitas, nem a miséria, a fome e a falta de dignidade humana que nos envergonha a todos... Não havia palafitas, nem a pobreza extrema que hoje se vê. Miséria, fome e falta de dignidade humana que a todos nos envergonha. Neste aspecto, apesar dos esforços, involuimos. Pioramos muito!

Com respeito aos transportes, na cidade havia poucos automóveis, os chamados “carros-de-praça”: os primeiros, de Dadeco, Astrolábio e Pindobuçu, requisitados para os casamentos grã-finos. E os bondes: Gonçalves Dias, Estrada de Ferro, Jordoa, Anil. Para Ribamar, que então era looonge, os lotações. E o Maria-Fumaça ligando S. Luís a Teresina, “soltando brasa e comendo lenha, tanto queima como atrasa”, como o imortalizou João do Vale. Lembro-se bem da minha viagem para assumir o lugar de escriturário do Banco do Brasil em Codó, nos idos de 1948, faz 60 anos! Tinha-se a roupa especifica para a viagem de trem, toda marcada pelos furos que as brasas da chaminé distribuía pelo ar. Cochilava-se na modorrenta viagem e acordava-se de repente ferido pelas queimaduras. Mas Codó tem um capítulo à parte. E que não é aqui o momento de abordar.
Poderia passar horas a fio falando desta cidade que nos viu nascer, eu, minha mulher e meus filhos; e meus netos; que nos viu crescer e envelhecer. Aqui criamos nós o encantamento de nossa juventude e tranqüilidade serena de nossa velhice: nosso berço e nosso túmulo.
Para finalizar gostaria de louvar a iniciativa da criação do Observatório Social de São Luís. Iniciativa apartidária, que conclamando todos, e cada um; moradores desta bela cidade, a nos mobilizar para melhorá-la em seus diversos aspectos.
 
Carlos Lima ,pesquisador da cultura e história maranhense e membro da Academia Maranhense de Letras.
 
 
 
 
Arislene

Redação Enem 2012 – Exemplo de nota máxima

 
 Veja como tirar a nota máxima na sua Redação Enem 2012:
 
Muitos dizem que a melhor forma de se aprender é através de exemplos. Ao se basear em uma outra redação, você pode ver onde está errando e acertando. Sua nota da Redação Enem 2012 pode dar aquela subida ;D
Veja abaixo um exemplo de redação que recebeu nota máxima no Enem:

“A Necessidade das Diferenças
 
De acordo com a Teoria da Educação das Espécies, o que possibilita a formação do mundo como conhecemos hoje foi a sobrevivência dos mais aptos ao ambiente. A seleção natural se baseia na escolha das características mais úteis. Estas somente se originam a partir das diferenças determinadas por mutações em códigos genéticos com o passar do tempo.
Se no âmbito Biológico as variações são imprescindíveis à vida, no sociológico não é diferente. Uma vez todos iguais, seriamos atingidos pelos mesmos problemas sem perspectiva de resolução, já que todas as idéias seriam semelhantes.
A maioria das pessoas está inserida em um contexto social. Contudo grandes inovações se fazem a partir do reconhecimento da individualidade de seus integrantes. Assim é de nossa responsabilidade respeitar nossos semelhantes independentes do sexo, raça, idade, religião, visto que dependemos mutuamente.
Obviamente nem todas as diferenças são benéficas. Por exemplo, a diferença entre classes sociais não poderia assumir tal demissão. Para somá-la, necessitamos de uma melhor distribuição de renda aliada a oportunidades de trabalho, educação e saúde para todos.
Devemos nos conscientizar que somos todos iguais em espécie mas conviver com as diferenças (por mais difícil que pareça), pois elas nos enriquecem como pessoas. Nossos esforços devem ser voltados contra discriminações anacrônicas e vis, como o racismo ou perseguições religiosas. Estas não nos levam a lugar algum, apenas nos desqualificam como seres humanos”.
 
E ai, o que achou dessa redação? Valeu a nota máxima? É analisar esse exemplo e fazer uma ótima Redação Enem 2012.
Redação Enem 2012

E para não fazer feio e tentar também a nota máxima na Redação Enem 2012, nada melhor que fazer um bom curso preparatório para o Enem. A Rede Passaporte Educacional conta com um sistema exclusivo, onde a redação ganha atenção especial.


Arislene
 

Vícios de Linguagem


Ao contrário das figuras de linguagem, que representam realce e beleza às mensagens emitidas, os vícios de linguagem são palavras ou construções que vão de encontro às normas gramaticais. Os vícios de linguagem costumam ocorrer por descuido, ou ainda por desconhecimento das regras por parte do emissor. Observe:
 
Pleonasmo Vicioso ou Redundância
 
Diferentemente do pleonasmo tradicional, tem-se pleonasmo vicioso quando há repetição desnecessária de uma informação na frase.
Exemplos:
Entrei para dentro de casa quando começou a anoitecer.
Hoje fizeram-me uma surpresa inesperada.
Encontraremos outra alternativa para esse problema.
Observação: o pleonasmo é considerado vício de linguagem quando usado desnecessariamente, no entanto, quando usado para reforçar a mensagem, constitui uma figura de linguagem.
 
Barbarismo
 
É o desvio da norma que ocorre nos seguintes níveis:
 
1) Pronúncia
a) Silabada: erro na pronúncia do acento tônico.
Por Exemplo: Solicitei à cliente suabrica. (rubrica)
 
b) Cacoépia: erro na pronúncia dos fonemas.
Por Exemplo: Estou com poblemas a resolver. (problemas)
 
c) Cacografia: erro na grafia ou na flexão de uma palavra.
Exemplos:
Eu advinhei quem ganharia o concurso. (adivinhei)
O segurança deteu aquele homem. (deteve)
 
2) Morfologia
Exemplos:
Se eu ir aí, vou me atrasar. (for)
Sou a aluna mais maior da turma. (maior)
 
3) Semântica
Por Exemplo: José comprimentou seu vizinho ao sair de casa. (cumprimentou)
 
4) Estrangeirismos
Considera-se barbarismo o emprego desnecessário de palavras estrangeiras, ou seja, quando já existe palavra ou expressão correspondente na língua.
Exemplos:
O show é hoje! (espetáculo)
Vamos tomar um drink? (drinque)
 
Solecismo
 
É o desvio de sintaxe, podendo ocorrer nos seguintes níveis:
 
1) Concordância
Por Exemplo: Haviam muitos alunos naquela sala. (Havia)
 
2) Regência
Por Exemplo: Eu assisti o filme em casa. (ao)
 
3) Colocação
Por Exemplo: Dancei tanto na festa que não aguentei-meem pé. (não me aguentei em pé)
 
Ambiguidade ou Anfibologia
 
Ocorre quando, por falta de clareza, há duplicidade de sentido da frase.
Exemplos:
Ana disse à amiga que seu namorado havia chegado. (O namorado é de Ana ou da amiga?)
O pai falou com o filho caído no chão. (Quem estava caído no chão? Pai ou filho?)
 
Cacofonia
 
Ocorre quando a junção de duas ou mais palavras na frase provoca som desagradável ou palavra inconveniente.
Exemplos:
Uma mão lava outra. (mamão)
Vi ela na esquina. (viela)
Dei um beijo na boca dela. (cadela)
 
Eco
Ocorre quando há palavras na frase com terminações iguais ou semelhantes, provocando dissonância.
Por Exemplo: A divulgação da promoçãonão causou comoção na população.
 
Hiato
Ocorre quando há uma sequência de vogais, provocando dissonância.
Exemplos:
Eu a amo.
Ou eu ou a outra ganhará o concurso.
 
Colisão
Ocorre quando há repetição de consoantes iguais ou semelhantes, provocando dissonância.
Por Exemplo: Sua saia sujou.
 
Arislene