quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cidadão Ludovicense há 90 anos...

Machado de Assis perguntava, numa reminiscência assim: - Mudaria o Natal, ou mudei eu? Do mesmo modo poderei constatar que mudamos ambos: eu e a cidade. Admira-me os que afirmam: - Não mudo: sempre fui assim e assim continuarei. Lembra-me o poeta quando diz que o tal cidadão só passou pela vida, não viveu. Se o mundo muda, a vida muda, tudo se modifica ao meu redor, como posso fossivilizar-me? Assim procurarei, conforme permitir-me engenho e arte, traduzir as mudanças havidas na cidade e em mim próprio que, como costumo dizer, sou nascido, crescido e envelhecido nesta linda cidade que tanto amo e respeito.
att00020_3072x1921São Luís, fundada pelos franceses de Daniel de La Touche, em 8 de setembro de 1612, é a capital do Estado do Maranhão. E, como dizia Simão Estácio da Silveira, Presidente da primeira Câmara Estadual, “o Maranhão é o Brasil melhor”.
Às vésperas de completar seu quarto centenário São Luís sofreu, como era de esperar, muitas transformações. Algumas para melhor; outras nem tanto.
Da cidade que conheci menino, pouco resta de sua primitiva inocente natureza. Reminiscências de uma Ilha aprazível, de clima tropical, porém ameno, longe do calor escaldante que hoje nos consome, fruto do desmatamento desenfreado e da irracional ocupação imobiliária, que destrói manguezais e babaçuais e transforma em asfalto tudo aquilo que um dia foi natureza exuberante. Diz a sabedoria popular que para tudo na vida há um preço e em nossa cidade temos sido cobrados diariamente a pagar o preço do chamado “progresso”. Uma pergunta, porém, não quer calar? Progresso para quem? E para quê? Temos, de fato, evoluído em nossa cidade? Ou, em alguns aspectos, o que se sobrepõe é a perda de valores tão fundamentais à vida e à saúde de todos nós habitantes? Não recebam, por favor, estas reflexões como saudosismo de um velho citadino. Não! Reconheço que em muitos aspectos evoluímos. Mas não me fujo a registrar a preocupação com a perda de qualidade de vida, o que, aliás, é, no meu conceito, fator de grande relevância. Mas, entre perdas e ganhos vamos seguindo as mudanças, pois, afinal, tudo que pára se atrofia, estiola e morre.
att00034_3072x1798Para mim uma das mais graves mudanças efetuou-se na educação. (Falo de educação, não de instrução, cousas perfeitamente distintas). Educação fazia-se em casa, onde se ensinava o respeito aos pais, aos mais velhos e aos professores. Tomava-se-lhes a bênção, beijava-se a mão e recebia-se invariavelmente a promessa e o desejo: Deus te abençõe! Os métodos educacionais eram severos, os castigos corporais excessivos? Eram. Assim, porém, justificava-os minha avó: - Menino não apanha em casa, vai apanhar rua. Essa prática ensinava-nos a respeitar os direitos do outro e imprimia em nós valores fundamentais, base de uma convivência saudável. A família era a mestra e o exemplo. Reconheçamos que os tempos mudaram e hoje só com muito esforço e muito amor é possível manter íntegros os laços familiares. Mas há regras que se impõem para uma convivência, senão amorosa, pelo menos respeitosa. As crianças, depois que deixaram de ser “animais domésticos” como nos tempos da colônia, passaram a ser discriminadas como projetos de gente. Minha avó, à mesa, se algum de nós ousava falar, atalhava ríspida: - Cale-se! Você não é pássaro que vôe em bando! Apesar disso, ou por isso mesmo, mantinha-se o respeito. É incrível o comportamento de certos meninos diante dos próprios pais! Vejo guris “nos cueiros”, como se dizia, a desafiar pais e mães impotentes para tolher-lhes a malcriadez e o desrespeito. De outro lado, assisto com satisfação o resgate da infância como direito e a crescente busca de proteção àqueles que são a base de tudo, o futuro de qualquer nação.
att00018_3072x2116Agora, a Instrução. Fizemos questão de bem distinguir Educação de Instrução, porque são duas cousas absolutamente distintas. Há muita gente altamente instruída e pessimamente educada. Quantos doutores de privilegiada instrução sem o mínimo de educação! A família (por várias circunstâncias, inclusive a exigência da cooperação da mãe na economia doméstica) abriu mão de seu papel educacional em favor da escola e esta não soube, ou não pôde exercer sozinha essa função de “educar” no sentido mais amplo da palavra. Limita-se, e mal, a instruir. Sei que os tempos mudaram, os costumes são outros, ditados (infelizmente) pelos meios de comunicação que, de modo geral, de-se-du-cam.

Com respeito à Instrução fizemos progressos, não há dúvida, mas nos que parecer que, se por um lado “especializamos” demais, por outro é excessiva a exigência que fazemos aos alunos. Que currículos! Um excesso de conteúdos nas costas de quem começa a aprender. De um modo geral é muito conteúdo para todos, mesmo para os mais velhos. A questão não é de quantidade, mas de qualidade dos ensinamentos a meter nas cabecinhas ainda em formação.
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Muitos que me ouvem vão descrer do que lhes direi. Antigamente, no tempo do calor, dormia-se com a parte de cima das janelas...aberta! E dando para a rua! A família que tinha muitos rapazes notívagos deixava a porta-da-rua apenas encostada para que o último a chegar, fechasse. Perguntem aos mais velhos se alguém, àquela época, ao menos se lembrava de por uma arma no cós da calça, para ir divertir-se nos bailes de Carnaval, por exemplo. Havia brigas e desentendimentos? Havia. Eram, porém, cousas passageiras, decorrente de excessos, logo resolvidas amigavelmente, os brigões, ao fim, confraternizados na mesma mesa de bar. As maiores divergências eram as políticas que chegavam a inimizar as famílias por longos anos, os novos assumindo os rancores dos antigos.
Outras indiossincrasias perturbavam o ambiente. Os negros sofriam indignas discriminações, mas longe iam os tempos em que até a religião estipulava os limites: brancos, na Sé; pardos, na Conceição; pretos na Igreja do Rosário. A procissão de São Benedito atraia multidão e creio mesmo que, exemplo único no mundo, meu pai, protestante, comparecia...para acompanhar minha mãe.
Agora... falemos do sexo. Havia dois modos diversos de encarar o problema: o considerado normal merecia um respeito hipócrita, tinha um tratamento discreto, circunscrito quase ao espaço íntimo entre quatro paredes. Era tabu falar nele? Era. Digo porém que, com a reviravolta que sofreu o mundo, continua tabu: só que, hoje, com o sinal trocado: agora é tabu não se falar nele. E mais, não se praticá-lo às escâncaras, quando, segundo o primitivo entendimento, só deveria interessar a dois. Os homossexuais eram impiedosamente discriminados, muitos execrados e perseguidos em praça pública, sujeito a vaiadas e pedradas. Hoje se respeitam as opções de cada um. Ótimo! Quando eu e minha mulher, cúmplices e solidários que fomos de tantos amigos, e de seu sofrimento frente ao preconceito de uma sociedade hipócrita, imaginaríamos assistir à primeira parada do orgulho gay?!
Os deficientes eram considerados “pobres coitados” passíveis de muita pena. Com que satisfação vejo hoje a superação de tantos limites, condenados de ontem, vitoriosos de hoje, que muitas vezes superam os chamados “são”. Os mirantes de nossos famosos sobradões, além de outras utilidades, serviam como esconderijo de doentes mentais, tuberculosos, hansenianos, etc. que “envergonhavam” as famílias. E muitas donzelas que deram “um passo em falso” foram condenadas a essa prisão quase perpétua.
foto25A pobreza, infelizmente, sempre existiu. Apesar disso, o nível de exclusão era infinitamente menor e menos severo. Os mais humildes ocupavam os baixos-de-sobrado e as casas pobres da periferia que, apesar das limitações óbvias, mantinham um certo padrão de higiene. Durante muito tempo não houve palafitas, nem a miséria, a fome e a falta de dignidade humana que nos envergonha a todos... Não havia palafitas, nem a pobreza extrema que hoje se vê. Miséria, fome e falta de dignidade humana que a todos nos envergonha. Neste aspecto, apesar dos esforços, involuimos. Pioramos muito!

Com respeito aos transportes, na cidade havia poucos automóveis, os chamados “carros-de-praça”: os primeiros, de Dadeco, Astrolábio e Pindobuçu, requisitados para os casamentos grã-finos. E os bondes: Gonçalves Dias, Estrada de Ferro, Jordoa, Anil. Para Ribamar, que então era looonge, os lotações. E o Maria-Fumaça ligando S. Luís a Teresina, “soltando brasa e comendo lenha, tanto queima como atrasa”, como o imortalizou João do Vale. Lembro-se bem da minha viagem para assumir o lugar de escriturário do Banco do Brasil em Codó, nos idos de 1948, faz 60 anos! Tinha-se a roupa especifica para a viagem de trem, toda marcada pelos furos que as brasas da chaminé distribuía pelo ar. Cochilava-se na modorrenta viagem e acordava-se de repente ferido pelas queimaduras. Mas Codó tem um capítulo à parte. E que não é aqui o momento de abordar.
Poderia passar horas a fio falando desta cidade que nos viu nascer, eu, minha mulher e meus filhos; e meus netos; que nos viu crescer e envelhecer. Aqui criamos nós o encantamento de nossa juventude e tranqüilidade serena de nossa velhice: nosso berço e nosso túmulo.
Para finalizar gostaria de louvar a iniciativa da criação do Observatório Social de São Luís. Iniciativa apartidária, que conclamando todos, e cada um; moradores desta bela cidade, a nos mobilizar para melhorá-la em seus diversos aspectos.
 
Carlos Lima ,pesquisador da cultura e história maranhense e membro da Academia Maranhense de Letras.
 
 
 
 
Arislene

Redação Enem 2012 – Exemplo de nota máxima

 
 Veja como tirar a nota máxima na sua Redação Enem 2012:
 
Muitos dizem que a melhor forma de se aprender é através de exemplos. Ao se basear em uma outra redação, você pode ver onde está errando e acertando. Sua nota da Redação Enem 2012 pode dar aquela subida ;D
Veja abaixo um exemplo de redação que recebeu nota máxima no Enem:

“A Necessidade das Diferenças
 
De acordo com a Teoria da Educação das Espécies, o que possibilita a formação do mundo como conhecemos hoje foi a sobrevivência dos mais aptos ao ambiente. A seleção natural se baseia na escolha das características mais úteis. Estas somente se originam a partir das diferenças determinadas por mutações em códigos genéticos com o passar do tempo.
Se no âmbito Biológico as variações são imprescindíveis à vida, no sociológico não é diferente. Uma vez todos iguais, seriamos atingidos pelos mesmos problemas sem perspectiva de resolução, já que todas as idéias seriam semelhantes.
A maioria das pessoas está inserida em um contexto social. Contudo grandes inovações se fazem a partir do reconhecimento da individualidade de seus integrantes. Assim é de nossa responsabilidade respeitar nossos semelhantes independentes do sexo, raça, idade, religião, visto que dependemos mutuamente.
Obviamente nem todas as diferenças são benéficas. Por exemplo, a diferença entre classes sociais não poderia assumir tal demissão. Para somá-la, necessitamos de uma melhor distribuição de renda aliada a oportunidades de trabalho, educação e saúde para todos.
Devemos nos conscientizar que somos todos iguais em espécie mas conviver com as diferenças (por mais difícil que pareça), pois elas nos enriquecem como pessoas. Nossos esforços devem ser voltados contra discriminações anacrônicas e vis, como o racismo ou perseguições religiosas. Estas não nos levam a lugar algum, apenas nos desqualificam como seres humanos”.
 
E ai, o que achou dessa redação? Valeu a nota máxima? É analisar esse exemplo e fazer uma ótima Redação Enem 2012.
Redação Enem 2012

E para não fazer feio e tentar também a nota máxima na Redação Enem 2012, nada melhor que fazer um bom curso preparatório para o Enem. A Rede Passaporte Educacional conta com um sistema exclusivo, onde a redação ganha atenção especial.


Arislene
 

Vícios de Linguagem


Ao contrário das figuras de linguagem, que representam realce e beleza às mensagens emitidas, os vícios de linguagem são palavras ou construções que vão de encontro às normas gramaticais. Os vícios de linguagem costumam ocorrer por descuido, ou ainda por desconhecimento das regras por parte do emissor. Observe:
 
Pleonasmo Vicioso ou Redundância
 
Diferentemente do pleonasmo tradicional, tem-se pleonasmo vicioso quando há repetição desnecessária de uma informação na frase.
Exemplos:
Entrei para dentro de casa quando começou a anoitecer.
Hoje fizeram-me uma surpresa inesperada.
Encontraremos outra alternativa para esse problema.
Observação: o pleonasmo é considerado vício de linguagem quando usado desnecessariamente, no entanto, quando usado para reforçar a mensagem, constitui uma figura de linguagem.
 
Barbarismo
 
É o desvio da norma que ocorre nos seguintes níveis:
 
1) Pronúncia
a) Silabada: erro na pronúncia do acento tônico.
Por Exemplo: Solicitei à cliente suabrica. (rubrica)
 
b) Cacoépia: erro na pronúncia dos fonemas.
Por Exemplo: Estou com poblemas a resolver. (problemas)
 
c) Cacografia: erro na grafia ou na flexão de uma palavra.
Exemplos:
Eu advinhei quem ganharia o concurso. (adivinhei)
O segurança deteu aquele homem. (deteve)
 
2) Morfologia
Exemplos:
Se eu ir aí, vou me atrasar. (for)
Sou a aluna mais maior da turma. (maior)
 
3) Semântica
Por Exemplo: José comprimentou seu vizinho ao sair de casa. (cumprimentou)
 
4) Estrangeirismos
Considera-se barbarismo o emprego desnecessário de palavras estrangeiras, ou seja, quando já existe palavra ou expressão correspondente na língua.
Exemplos:
O show é hoje! (espetáculo)
Vamos tomar um drink? (drinque)
 
Solecismo
 
É o desvio de sintaxe, podendo ocorrer nos seguintes níveis:
 
1) Concordância
Por Exemplo: Haviam muitos alunos naquela sala. (Havia)
 
2) Regência
Por Exemplo: Eu assisti o filme em casa. (ao)
 
3) Colocação
Por Exemplo: Dancei tanto na festa que não aguentei-meem pé. (não me aguentei em pé)
 
Ambiguidade ou Anfibologia
 
Ocorre quando, por falta de clareza, há duplicidade de sentido da frase.
Exemplos:
Ana disse à amiga que seu namorado havia chegado. (O namorado é de Ana ou da amiga?)
O pai falou com o filho caído no chão. (Quem estava caído no chão? Pai ou filho?)
 
Cacofonia
 
Ocorre quando a junção de duas ou mais palavras na frase provoca som desagradável ou palavra inconveniente.
Exemplos:
Uma mão lava outra. (mamão)
Vi ela na esquina. (viela)
Dei um beijo na boca dela. (cadela)
 
Eco
Ocorre quando há palavras na frase com terminações iguais ou semelhantes, provocando dissonância.
Por Exemplo: A divulgação da promoçãonão causou comoção na população.
 
Hiato
Ocorre quando há uma sequência de vogais, provocando dissonância.
Exemplos:
Eu a amo.
Ou eu ou a outra ganhará o concurso.
 
Colisão
Ocorre quando há repetição de consoantes iguais ou semelhantes, provocando dissonância.
Por Exemplo: Sua saia sujou.
 
Arislene
Balada do Amor através das Idades



Eu te gosto, você me gosta
desde tempos imemoriais.
Eu era grego, você troiana,
troiana mas não Helena.
Saí do cavalo de pau
para matar seu irmão.
Matei, brigámos, morremos.

Virei soldado romano,
perseguidor de cristãos.
Na porta da catacumba
encontrei-te novamente.
Mas quando vi você nua
caída na areia do circo
e o leão que vinha vindo,
dei um pulo desesperado
e o leão comeu nós dois.


Depois fui pirata mouro,
flagelo da Tripolitânia.
Toquei fogo na fragata
onde você se escondia
da fúria de meu bergantim.
Mas quando ia te pegar
e te fazer minha escrava,
você fez o sinal-da-cruz
e rasgou o peito a punhal...
Me suicidei também.

Depois (tempos mais amenos)
fui cortesão de Versailles,
espirituoso e devasso.
Você cismou de ser freira...
Pulei muro de convento
mas complicações políticas
nos levaram à guilhotina.

Hoje sou moço moderno,
remo, pulo, danço, boxo,
tenho dinheiro no banco.
Você é uma loura notável,
boxa, dança, pula, rema.
Seu pai é que não faz gosto.
Mas depois de mil peripécias,
eu, herói da Paramount,
te abraço, beijo e casamos.

Carlos Drummond de Andrade, in 'Alguma Poesia'


         Arislene

LITERATURA

A literatura, como manifestação artística, tem por finalidade recriar a realidade a partir da visão de determinado autor (o artista), com base em seus sentimentos, seus pontos de vista e suas técnicas narrativas. O que difere a literatura das outras manifestações é a matéria-prima: a palavra que transforma a linguagem utilizada e seus meios de expressão. Porém, não se pode pensar ingenuamente que literatura é um “texto” publicado em um “livro”, porque sabemos que nem todo texto e nem todo livro publicado são de caráter literário.

"Mãos Dadas"

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

              Carlos Drummond de Andrade

HISTÓRIA DA LITERATURA

Como todas as outras artes,a literatura reflete as relações do homem com o mundo e com seus semelhantes.Na medida em que essas relações se transformam historicamente,a literatura também se transforma,pois que sensível ás peculiaridade de cada época,aos modos de encarar a vida,de problematiza a existência,de questionar a realidade,de organizar a convivência social etc.
Por isso,as obras de um determinado período histórico,ainda que se diferenciem umas das outras,possuem certas características comum que as identificam.Essas características dizem respeito tanto á mentalidade predominante na época quanto ás formas, ás convenções e ás técnicas expressivas utilizada pelos autores.
Chamamos de escolas literárias os grandes conjuntos em que costumamos dividir a hitória da literatura. Essas divisão tem uma função sobretudo didático,ajudando-nos a compreeder as tranformações da arte literária ao longo do tempo.



Quando estudamos a história ou origem da literatura deparamos com um conceito: o de estilos literários ou estilos de época.
- Estilos de época: é o nome dado conjunto de obras escritas em uma determinada época.
O critério usado para dividir os estilos de época varia muito: às vezes, o autor publica uma obra revolucionária e ela acaba se tornando o marco inicial de um determinado período, outras vezes um fato histórico influencia uma infinidade de obras que darão origem a um determinado movimento literário.
É importante ressaltar que as datas estabelecidas para um determinado período não são tão rigorosas quanto parecem, são apenas recursos didáticos usados para facilitar o estudo, já que é quase impossível estabelecer precisamente quando iniciou ou terminou um período.
Também é bom sabermos que um estilo de época não “morre” por completo e que a passagem de um estilo para outro não é tão rápida assim.
Muitas idéias adotadas em um período podem ser aproveitadas por outros estilos literários que fazem uma releitura ou uma reinterpretação de textos já escritos.
A Literatura busca influência nela mesma para sempre ter a possibilidade de abrir novos caminhos e novas idéias.
É por esta razão que o entendimento correto sobre cada estilo é tão importante, pois através dessa compreensão temos uma visão geral da Literatura e da sociedade que a produziu.

PERÍODOS LITERÁRIOS NO BRASIL
Dividido em dois momentos:

- Literatura do período colonial (Literatura de Informação,Barroco e Arcadismo – 1500 até 1822)
Nesse período ocorreram várias manifestações literárias de um grupo composto por alguns escritores que copiavam os padrões e tendências de Portugal.

- Literatura do período nacional ( Romantismo,Realismo – Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo, Pré-Modernismo, Modernismo, Pós-modernismo – da Independência até os dias de hoje).
Todos os acontecimentos históricos e marcantes da história do Brasil contribuíram para fortalecer os movimentos literários. O público cresceu e com isso estimulou os escritores a melhorar cada vez mais suas obras.

PERÍODOS LITERÁRIOS EM PORTUGAL


- ERA MEDIEVAL (Trovadorismo e Humanismo)
- Trovadorismo: poemas feitos para serem cantados, são as cantigas (de amor, amigo, escárnio e maldizer)

- AMOR (eu-lírico masculino)
- Exaltação das qualidades da dama
- Sofrimento amoroso
- Ambiente aristocrático


- AMIGO (eu-lírico feminino)
- Ambientação rural
- Linguagem e estrutura simples
- Fala do amor da mulher pelo seu amigo


- ESCÁRNIO E MALDIZER
- Crítica aos membros da sociedade
- Jogos de palavras e ironias
- Abordavam temas como escândalos, sexo, falsa religiosidade


OBS: Na cantiga de escárnio o nome da pessoa era ocultado, na de maldizer a crítica era direta e a vítima tinha seu nome revelado.
Humanismo: Valorização do homem.

- ERA CLÁSSICA (Classicismo, Barroco e Arcadismo)
Classicismo: Teve em Camões o seu maior representante.
Barroco: Textos ricos com profunda elaboração formal.
Arcadismo:
- Textos bucólicos,
- Valorização do homem,
- Linguagem simples,
- Imitação dos modelos da literatura da Antigüidade Clássica e do Renascimento.


- ERA MODERNA (Romantismo, Realismo-Naturalismo, Simbolismo, Modernismo)
Romantismo
liberdade de expressão e de pensamento,
tentativa de buscar soluções para os problemas sociais
etc.

Realismo: “O Crime do Padre Amaro” e “O Primo Basílio” de Eça de Queirós foram duas obras importantes que ajudaram a divulgar o realismo no Brasil.
Simbolismo: Marco inicial do Simbolismo em Portugal foi a publicação do livro de poesias “Oaristos” de Eugênio de Castro, em 1890.
 
Postado por : Arislene
 

terça-feira, 28 de agosto de 2012




Visita à casa paterna

Como a ave que volta ao ninho antigo,
Depois de um longo e tenebroso inverno,
Eu quis também rever o lar paterno,
O meu primeiro e virginal abrigo.


Entrei. Um gênio carinhoso e amigo,
O fantasma talvez do amor materno,
Tomou-me as mãos, - olhou-me, grave e terno,
E, passo a passo, caminhou comigo.


Era esta sala... (Oh! se me lembro! e quanto!)
Em que da luz noturna à claridade,
minhas irmãs e minha mãe... O pranto


Jorrou-me em ondas... Resistir quem há de?
Uma ilusão gemia em cada canto,
Chorava em cada canto uma saudade.


Rio - 1876.

                                                                           Luís Guimarães Júnior


Saudades


Deserta a casa está... Entrei chorando,
De quarto em quarto, em busca de ilusões!
Por toda a parte as pálidas visões!
Por toda a parte as lágrimas falando!

Vejo meu pai na sala, caminhando,
Da luz da tarde aos tépidos clarões,
De minha mãe escuto as orações
Na alcova, aonde ajoelhei rezando.

Brincam minhas irmãs (doce lembrança!...),
Na sala de jantar... Ai! mocidade,
És tão veloz, e o tempo não descansa!

Oh! sonhos, sonhos meus de claridade!
Como é tardia a última esperança!...
Meu Deus, como é tamanha esta saudade!...
                                                                         José Bonifácio, o Moço

Significação das palavras.



Quanto à significação, as palavras são divididas nas seguintes categorias:

Sinônimos

As palavras que possuem significados próximos são chamadas sinônimosExemplos:
casa - lar - moradia - residência
longe - distante
delicioso - saboroso
carro - automóvel
Observe que o sentido dessas palavras são próximos, mas não são exatamente equivalentes. Dificilmente encontraremos um sinônimo perfeito, uma palavra que signifique exatamente a mesma coisa que outra.
Há uma pequena diferença de significado entre palavras sinônimas. Veja que, embora casa lar sejam sinônimos, ficaria estranho se falássemos a seguinte frase:
Comprei um novo lar.
Obs.: o uso de palavras sinônimas pode ser de grande utilidade nos processos de retomada de elementos que inter-relacionam as partes dos textos.

Antônimos

São palavras que possuem significados opostos, contrários. Exemplos:
mal / bem
ausência / presença
fraco /  forte
claro / escuro
subir / descer
cheio / vazio
possível / impossível
Polissemia

Polissemia é a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar mais de um significado nos múltiplos contextos em que aparece. Veja alguns exemplos de palavras polissêmicas:
cabo (posto militar, acidente geográfico, cabo da vassoura, da faca)
banco (instituição comercial financeira, assento)
manga (parte da roupa, fruta)

Realismo

 







Museu da Língua PortuguesaExposição Machado de Assis


Na segunda metade do século XIX, surge um dos mais importantes escritores de nossa literatura: Machado de Assis. Dotado de uma capacidadde técnica incomum, Machado inova o romance enquanto gênero e apura as técnicas do conto e da crônica. Como poucos, penetra a alma humana com excepcional agudeza, a ponto de sua obra, ainda hoje, ser referência e modelo para vários escritores.

O Realismo no Brasil tem como marco inicial a obra Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), de Machado de Assis.O Brasil, durante o período de passagem do Romantismo para o Realismo, sofreu inúmeras mudanças na história econômica, política e social.O Realismo encontrou no Brasil uma realidade propícia para a ascensão da literatura, já que escritores como Castro Alves e José de Alencar haviam preparado o terreno.


O país havia vivenciado fatos importantes como a Guerra do Paraguai (1864 – 1870), a campanha abolicionista, o fortalecimento da economia agrária.A queda da escravidão e do Império criou uma nova realidade no país; a vida social e cultural tornou-se mais ativa, ambas influenciadas por ideais europeus: liberalismo, socialismo, positivismo, cientificismo, etc.


É nesse contexto que surge um dos mais importantes escritores de nossa literatura: Machado de Assis (1839 – 1908).Machado de Assis nasceu na cidade do Rio de Janeiro, era mestiço e de origem humilde. Cresceu sob os cuidados da madrasta Maria Inês, pois assim como a mãe, a portuguesa Maria Leopoldina, seu pai, o mulato Francisco José de Assis, morreu cedo. 


Apesar de ter freqüentado escola pública e começado a trabalhar desde cedo, alcançou boa posição como funcionário público, cargo que lhe proporcionou tranqüilidade financeira. Casado com Carolina Xavier de Novais, Machado de Assis dedicou-se à literatura e produziu a melhor prosa brasileira do século XIX.


O escritor compôs cerca de duzentos contos.Os romances e contos anteriores à década de 1880 revelam influências românticas, assim como Ressurreição (1872), A mão e a luva (1874), Helena (1876), Iaiá Garcia (1878), Contos Fluminenses (1870) e Histórias da meia-noite (1873).Machado revela-se mais maduro a partir da publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas (1881); essa marca a segunda etapa de sua produção. O escritor desenvolve uma ironia feroz, retrata um humor velado e amargo em relação àquilo que retrata.Nessa nova fase incluem-se os romances Quincas Borba (1891), Dom Casmurro ( 1899), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908).

Entre seus inúmeros contos estão: "O alienista", "A cartomante", "Missa do galo", "Uns braços", "O espelho", "Cantiga de esponsais", "Teoria do medalhão", "A causa secreta".Machado de Assis produziu uma obra inovadora, que vem conquistando consecutivas gerações de leitores.

Soluções de Química



Solução é qualquer mistura homogênea.

A água que bebemos, os refrigerantes, os combustíveis (álcool hidratado, gasolina), diversos produtos de limpeza (como sabonetes líquidos) são exemplos de soluções.

Tipos de soluçõessolução líquida (ex.: refrigerantes), solução sólida (ex.: bronze = cobre + estanho) e solução gasosa(ex.: ar atmosférico).

Componentes de uma solução

Os componentes de uma solução são chamados soluto e solvente:

Soluto é a substância dissolvida no solvente. Em geral, está em menor quantidade na solução.
Solvente é a substância que dissolve o soluto.

Classificação das soluções

De acordo com a quantidade de soluto dissolvido, podemos classificar as soluções:

- Soluções saturadas contêm uma quantidade de soluto dissolvido igual à sua solubilidade naquela temperatura, isto é, excesso de soluto, em relação ao valor do coeficiente de solubilidade (Cs), não se dissolve, e constituirá o corpo de fundo.
- Soluções insaturadas contêm uma quantidade de soluto dissolvido menor que a sua solubilidade naquela temperatura.
- Soluções supersaturadas (instáveis) contêm uma quantidade de soluto dissolvido maior que a sua solubilidade naquela temperatura.

Unidades de concentração

Podemos estabelecer diferentes relações entre a quantidade de soluto, de solvente e de solução. Tais relações são denominadas genericamente concentrações.

Usaremos o índice 1 para indicar soluto e o índice 2 para indicar solvente. As informações da solução não têm índice.

a) Concentração comum (C)

Também chamada concentração em g/L (grama por litro), relaciona a massa do soluto em gramas com o volume da solução em litros.

C = m1/V

b) Concentração em quantidade de matéria (Cn)

Cientificamente, é mais usual esta concentração, que relaciona a quantidade de soluto (mol) com o volume da solução, geralmente em litros. Sua unidade é mol/L:

Cn = n1/V

Existe uma fórmula que relaciona concentração comum com concentração em quantidade de matéria. Veja:

Cn = n1/V e n1 = m1/M1
Logo:
Cn = m1/M1.V
Como C = m1/V, temos:
Cn = C/M1 ou C = Cn . M1

Podemos usar essa fórmula para transformar concentração em quantidade de matéria em concentração comum, ou vice-versa.

c) Título (T)

Pode relacionar a massa de soluto com a massa da solução ou o volume do soluto com o volume da solução.

T = m1/m T = V1/V

O título em massa não tem unidade, pois é uma divisão de dois valores de massa (massa do soluto pela massa da solução), e as unidades se “cancelam”. Como a massa e o volume de soluto nunca poderão ser maiores que os da própria solução, o valor do título nunca será maior que 1.

Multiplicando o título por 100, teremos a porcentagem em massa ou em volume de soluto na solução 

(P):
P = 100 . T
d) Densidade da solução (d)

Relaciona a massa e o volume da solução:
d = m/V

Geralmente, as unidades usadas são g/mL ou g/cm3.

Cuidado para não confundir densidade com concentração comum, pois as duas relacionam massa com volume. Lembre-se de que na concentração comum se relaciona a massa de soluto com o volume da solução e, na densidade, a massa de solução com o volume da solução.

As diversas formas de expressar a concentração podem ser relacionadas:

C = 1000.d.T

A Crônica



 
 
 
 
 
 
A crônica é um gênero híbrido que oscila entre a literatura e o jornalismo, resultado da visão pessoal, particular, subjetiva do cronista ante um fato qualquer, colhido no noticiário do jornal ou no cotidiano. É uma produção curta, apressada (geralmente o cronista escreve para o jornal alguns dias da semana, ou tem uma coluna diária), redigida numa linguagem descompromissada, coloquial, muito próxima do leitor. Quase sempre explora a humor; mas às vezes diz coisas sérias por meio de uma aparente conversa – fiada. Noutras, despretensiosamente faz poesia da coisa mais banal e insignificante.
Registrando o circunstancial do nosso cotidiano mais simples, acrescentando, aqui e ali, fortes doses de humor, sensibilidade, ironia, crítica e poesia, o cronista, com graça e leveza, proporciona ao leitor uma visão mais abrangente que vai muito além do fato; mostra –lhe, de outros ângulos, o sinal de vida que diariamente deixamos escapar.

Um rápido confronto entre conto e crônica

A crônica é o relato de um flash, de um breve momento do cotidiano de uma ou mais personagens. O que diferencia a crônica do conto é o tempo, a apresentação da personagem e o desfecho.
No conto, as ações transcorrem num tempo maior: dias, meses, até anos, o que não se dá na crônica, que procura captar um lance curioso, um momento interessante, triste ou alegre. No conto, a personagem é analisada e/ou caracterizada, há maior densidade dramática e freqüentemente um conflito, resolvido em desfecho. Na crônica, geralmente não há desfecho, esse fica para o leitor imaginar e, depois, tirar suas conclusões. Uma das finalidades da crônica é justamente apresentar o fato, nu, seco e rápido, mas não concluí-lo. A possível tese fica a meio caminho, sugerida, insinuada, para que o leitor reflita e chegue a ela por seus próprios meios.
Vamos supor que você surpreenda um garoto pobre tremendo de frio e olhado fixamente para um pulôver novinho na vitrina duma loja. Ora, isso dá uma excelente crônica. Você relataria o flash, a cena em si, mas não o desfecho: o menino comprou ou não o pulôver? Nada disso. Acabando de "pintar" o quadro, terminaria o texto, deixando o leitor a tarefa de refletir sobre a miséria, a fome, a má distribuição de renda, a injustiça social etc. É essa, muita vezes, a finalidade da crônica e a intenção do cronista. Seu texto não tem resolução, não tem moral como na fábula, é aberto para que cada leitor crie o final que melhor desejar. O cronista, no fundo, deseja que seu leitor seja um co-autor. A crônica, grosso modo, equivale à ilustração dum texto dissertativo, sendo um meio-termo entre narração e dissertação.

                                                   Postado por Stephanne Fernanda

Eleições 2012




Eleições Municipais de São Luís 2012

Dia 7 de outubro de 2012 (1º Turno)
Dia 28 de outubro de 2012 (Segundo Turno, se tiver)
Salário do Prefeito:
R$ 25 mil

Vice-Prefeito:
R$ 14,5 mil

Secretários:
R$ 12,5 mil

CANDIDATOS a PREFEITO CONFIRMADOS: 


45 - João Castelo - PSDB

Vice - Neto Evangelista - PSDB


Patrimônio:
R$ 8.522.592,40
(1 Avião, 2.769 Cabeças de Gado, 1 Fazenda, 4 Carros, 1 Rádio, 3 Empresas, 3 Terrenos, 6 Salas, 1 Apartamento etc...)



11 - Tádeu Palácio - PP

Vice - Lindinalva Vilela - PR


Patrimônio:
R$ 936.688,24
(1 Casa, 4 Carros, 5 Salas, 1 Apartamento etc...)

 


50 - Haroldo Sabóia - PSOL

Vice - Sildeane Coutinho - PCB


Patrimônio:
R$ 787.058,29
(1 Casa, 2 Sítios e 1 Carro)



23 - Eliziane Gama - PPS

Vice - Cabo Campos - PPS


Patrimônio:
R$ 370.000,00
(1 Casa e 1 Carro)
 


36 - Edivaldo Holanda Jr - PTC

Vice - Robeto Rocha - PSB


Patrimônio:
R$ 232.131,97
(1 Apartamento, 1 Carro, 1 Escola etc...)




13 - Washington Oliveira - PT

Vice - Afonso Manuel - PMDB


Patrimônio:
R$ 218.563,59
(1 Casa e Dinheiro no Banco)

 


16 - Marcos Silva - PSTU

Vice - Kátia Ribeiro - PSTU


Patrimônio:
R$ 35.300,00
(1 Casa e 1 Moto)



28 - Ednaldo Neves - PRTB

Vice - Irmã Gecilda - PRTB


Patrimônio:
NÃO DECLARADO


Fonte: http://kamaleao.com/saoluis/4381/candidatos-a-prefeito-de-sao-luis-2012#ixzz24qLHBE7S